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Muitos estão dizendo que o trabalhador será prejudicado pela reforma trabalhista em curso... Mas será mesmo? O empregador pode obrigar o cara a trabalhar mais horas sem pagar a mais por isso?

Na verdade, a flexibilização da jornada de trabalho para um máximo 12 horas diárias, com teto semanal de 48 horas, oferece maior liberdade de negociação a trabalhadores e empregadores. Sim! Quando as possibilidades de escolha que temos à disposição aumentam, muito raramente o nosso bem-estar diminui – isso, é claro, num mundo onde podemos escolher livremente.



Veja só que esquisito: se o empregador pode reduzir o salário por hora do trabalhador, por que ele não o faz já, agora mesmo, neste exato momento? Meios para isso ele tem. Com a inflação a 7% ao ano, é só dar reajuste zero. Nos últimos cinco anos, por sinal, o empregador poderia muito bem ter reduzido o salário do trabalhador em uns 40% – tamanho aproximado da inflação no período. Mas, nos últimos 5 anos, os salários subiram mais do que a inflação no Brasil.

O empregador não é malvadão nem bonzinho, assim como o trabalhador. Mas, sim, maximizam os próprios interesses, não o do outro –  e isso é normal, se dentro das regras do jogo. O empregador não reduz o salário do trabalhador porque ele não pode. Ele precisa do trabalhador. E se o mercado for minimamente competitivo, não dá para sair fazendo "maldades".

A possibilidade de se trabalharem mais horas não reduz o salário horário do trabalhador, caros amigos.

O que essa mudança na lei faz é outra coisa: amplia o campo de escolhas de empregador e trabalhador. Desse jeito, se a demanda pelo produto crescer e o trabalhador topar trabalhar mais, ele ganha mais. Isso é bom para ambos e para os consumidores.

Outra boa nova: o Programa Seguro-Emprego vira permanente, o que desengessa bem o mercado de trabalho. Com ele, numa recessão, em vez de mandar uma cambada embora, o patrão pode reduzir horas de trabalho e salário temporariamente.

Muito melhor todos apertando o cinto do que ter de mandar uns embora para manter outros, não?

Melhor ainda: metade da redução dos rendimentos é bancada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador, a tal poupança para tempos difíceis que vinha sendo usada para financiar empresário rico via BNDES. Está aí um bom uso para essa poupança.

Por fim, o trabalhador terá mais acesso à poupança forçada do bizarro FGTS, que sequestra seu dinheiro, paga uma mixaria de retorno e coloca um zilhão de empecilhos para a retirada.

Vejam o tamanho da loucura: as pessoas endividadas pagando juros altíssimos enquanto o governo sequestra a poupança delas a juros baixíssimos. Melhor usar esse dinheiro para abater o endividamento a juro alto.

Santa obviedade, Batman...

Por que a reforma trabalhista causa tanto barulho?

Muitos estão dizendo que o trabalhador será prejudicado pela reforma trabalhista em curso... Mas será mesmo? O empregador pode obrigar o cara a trabalhar mais horas sem pagar a mais por isso? Na verdade, a flexibilização da jornada de trabalho para um máximo 12 horas diárias, com teto semanal de 48 horas, oferece maior liberdade de negociação a trabalhadores e empregadores. Sim! Quando as possibilidades de escolha que temos à disposição aumentam, muito raramente o nosso bem-estar diminui – isso, é claro, num mundo onde podemos escolher livremente. Veja só que esquisito: se o empregador pode reduzir o salário por hora do trabalhador, por que ele não o faz já, agora mesmo, neste exato momento? Meios para isso ele tem. Com a inflação a 7% ao ano, é só dar reajuste zero. Nos últimos cinco anos, por sinal, o empregador poderia muito bem ter reduzido o salário do trabalhador em uns 40% – tamanho aproximado da inflação no período. Mas, nos últimos 5 anos, os salários subiram mais do que a inflação no Brasil. O empregador não é malvadão nem bonzinho, assim como o trabalhador. Mas, sim, maximizam os próprios interesses, não o do outro –  e isso é normal, se dentro das regras do jogo. O empregador não reduz o salário do trabalhador porque ele não pode. Ele precisa do trabalhador. E se o mercado for minimamente competitivo, não dá para sair fazendo "maldades". A possibilidade de se trabalharem mais horas não reduz o salário horário do trabalhador, caros amigos. O que essa mudança na lei faz é outra coisa: amplia o campo de escolhas de empregador e trabalhador. Desse jeito, se a demanda pelo produto crescer e o trabalhador topar trabalhar mais, ele ganha mais. Isso é bom para ambos e para os consumidores. Outra boa nova: o Programa Seguro-Emprego vira permanente, o que desengessa bem o mercado de trabalho. Com ele, numa recessão, em vez de mandar uma cambada embora, o patrão pode reduzir horas de trabalho e salário temporariamente. Muito melhor todos apertando o cinto do que ter de mandar uns embora para manter outros, não? Melhor ainda: metade da redução dos rendimentos é bancada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador, a tal poupança para tempos difíceis que vinha sendo usada para financiar empresário rico via BNDES. Está aí um bom uso para essa poupança. Por fim, o trabalhador terá mais acesso à poupança forçada do bizarro FGTS, que sequestra seu dinheiro, paga uma mixaria de retorno e coloca um zilhão de empecilhos para a retirada. Vejam o tamanho da loucura: as pessoas endividadas pagando juros altíssimos enquanto o governo sequestra a poupança delas a juros baixíssimos. Melhor usar esse dinheiro para abater o endividamento a juro alto. Santa obviedade, Batman...
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