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O governo anunciou na quarta-feira, 22, uma redução da meta para seu resultado primário em 2015, isto é, para a diferença entre receitas e despesas, excluindo da conta os juros de suas dívidas.

Antes, a meta fiscal era de superávit (grana economizada para pagar esses juros) de 1,1% do PIB (do Produto Interno Bruto, ou seja, de toda a produção de bens e serviços do país no ano). Agora, no entanto, a meta é de apenas 0,15% do PIB.

Ajuste-fiscal

E mais preocupante, meus amigos e amigas, é: o governo admite que talvez nem essa meta fiscal mixuruca seja atingida.

Por quê?

Por quê?

Porque algumas das receitas esperadas podem não entrar em caixa e, caso isso ocorra, a meta se tornaria um resultado primário de -0,3% do PIB. Ou melhor, um déficit, um rombo, um buraco nas contas do Brasil de -0,3% do PIB.

Vivemos dias complicados, caras e caros leitores… Depois de anos de irresponsabilidade em que o governo gastou como se não houvesse amanhã, o tal do longo prazo chegou. É hoje.
ajuste-fiscal

Como estamos em recessão (em grande parte devido à conivência do governo com a corrupção ou à escolha por um modelo econômico estatista), a arrecadação durante o primeiro semestre deste ano desapontou. E, assim, o raio da meta de 1,1% do PIB ficou impossível de ser alcançada. E o tal do ajuste fiscal parece cada vez mais perto de naufragar antes mesmo de ser lançado ao mar.

Diante disso, cabia ao governo três alternativas:

A) Corrigir o rumo, com medidas mais duras de arrecadação (impostos) ou cortes de gastos mais profundos;

B) Fingir que tudo está bem e que a meta seria atingida, milagrosamente, no fim do ano;

C) Fazer uma pequena correção de rumo e admitir que a meta anterior não será atingida de jeito maneira.

A alternativa “A” talvez fosse a mais desejável, mas o governo talvez esteja enfraquecido demais para ir ao Congresso e passar o chapéu pedindo mais receitas ou novos cortes de gastos.

A alternativa “B” era o modo de operar do ministro da Fazenda anterior – vade retro, pé de pato, mangalô, três vezes!

Daí a escolha pela alternativa “C”.

Existe uma perda de credibilidade com essa escolha. Mas, ora pois, o governo mostrou não ter estômago ou muque para implementar a alternativa mais desejável.

Olhando a parte cheia do copo, porém, a perda de credibilidade é menor com a alternativa “C”. Pior seria se o governo pintasse um cenário cor-de-rosa ao estilo do ministro da Fazenda anterior – que, como percebem, melhor nem dizer o nome.

Oremos.

JUSTE FISCAL PRECISA DAR CERTO?

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Por que a meta fiscal foi cortada pelo governo?

O governo anunciou na quarta-feira, 22, uma redução da meta para seu resultado primário em 2015, isto é, para a diferença entre receitas e despesas, excluindo da conta os juros de suas dívidas. Antes, a meta fiscal era de superávit (grana economizada para pagar esses juros) de 1,1% do PIB (do Produto Interno Bruto, ou seja, de toda a produção de bens e serviços do país no ano). Agora, no entanto, a meta é de apenas 0,15% do PIB. Ajuste-fiscal E mais preocupante, meus amigos e amigas, é: o governo admite que talvez nem essa meta fiscal mixuruca seja atingida. Por quê? Por quê? Porque algumas das receitas esperadas podem não entrar em caixa e, caso isso ocorra, a meta se tornaria um resultado primário de -0,3% do PIB. Ou melhor, um déficit, um rombo, um buraco nas contas do Brasil de -0,3% do PIB. Vivemos dias complicados, caras e caros leitores… Depois de anos de irresponsabilidade em que o governo gastou como se não houvesse amanhã, o tal do longo prazo chegou. É hoje. ajuste-fiscal Como estamos em recessão (em grande parte devido à conivência do governo com a corrupção ou à escolha por um modelo econômico estatista), a arrecadação durante o primeiro semestre deste ano desapontou. E, assim, o raio da meta de 1,1% do PIB ficou impossível de ser alcançada. E o tal do ajuste fiscal parece cada vez mais perto de naufragar antes mesmo de ser lançado ao mar. Diante disso, cabia ao governo três alternativas: A) Corrigir o rumo, com medidas mais duras de arrecadação (impostos) ou cortes de gastos mais profundos; B) Fingir que tudo está bem e que a meta seria atingida, milagrosamente, no fim do ano; C) Fazer uma pequena correção de rumo e admitir que a meta anterior não será atingida de jeito maneira. A alternativa “A” talvez fosse a mais desejável, mas o governo talvez esteja enfraquecido demais para ir ao Congresso e passar o chapéu pedindo mais receitas ou novos cortes de gastos. A alternativa “B” era o modo de operar do ministro da Fazenda anterior – vade retro, pé de pato, mangalô, três vezes! Daí a escolha pela alternativa “C”. Existe uma perda de credibilidade com essa escolha. Mas, ora pois, o governo mostrou não ter estômago ou muque para implementar a alternativa mais desejável. Olhando a parte cheia do copo, porém, a perda de credibilidade é menor com a alternativa “C”. Pior seria se o governo pintasse um cenário cor-de-rosa ao estilo do ministro da Fazenda anterior – que, como percebem, melhor nem dizer o nome. Oremos. JUSTE FISCAL PRECISA DAR CERTO? + POR QUE PAGAREMOS MAIS IMPOSTOS PELOS APOSENTADOS?  + LEIA MAIS TEXTOS DESTE AUTOR  
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