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Nos últimos meses, temos nos acostumado com números cada vez piores para atividade econômica e taxa de desemprego. É natural, então, sentirmos alguma estranheza quando ouvimos que a balança comercial segue melhorando, não?

O resultado da balança comercial é obtido pela diferença entre os valores de bens exportados e importados em dado período. Quando as exportações superam as importações e resultado comercial é considerado positivo; do contrário, negativo.

No mês de abril deste ano, a balança mostra valor positivo (superávit) de 4,9 bilhões de dólares. Essa é, justamente, a diferença entre as exportações, de 15,4 bilhões, e das importações, de 10,5 bilhões de dólares. Trata-se do maior saldo comercial positivo para meses de abril de toda a história brasileira.

Mas, para explicarmos o que isso representa, é importante olharmos todos componentes da balança. E, aí, a pintura não é só boniteza: apesar da balança comercial positiva, as exportações de janeiro a abril de 2016 ficaram uns 3 pontos porcentuais abaixo dos mesmos números de 2015. 

E o que explica esse saldo positivo, histórico e tão expressivo?

A chave para entender esses dados está no desempenho das importações. Quando comparamos os valores totais dos produtos importados pelo Brasil em 2015 e 2016, entre janeiro e abril, encontramos um recuo de 32 pontos porcentuais.

Resumo da ópera: a balança comercial melhorou não porque estamos vendendo mais, mas, sim, porque estamos comprando menos do resto do mundo – esse é exatamente o movimento esperado numa economia deprimida como a nossa, com desemprego crescente e consumidores sem confiança para consumir e empresários, para investir.

A coisa fica mais clara se olharmos especificamente para os chamados bens de capitais – ou seja, máquinas e equipamentos que poderiam estar aumentando a capacidade nacional de produção. As importações desses produtos encolheram com mais força que as de os outros itens.

O que isso representa? Menor produção e vagas de trabalho fechadas no futuro.


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