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Em tempos de vacas magras, é comum que governos tenham de enfrentar o dilema de equilibrar as contas públicas para evitar um crescimento acelerado da dívida pública – no Brasil, vivemos estes tempos. É a chamada austeridade, que muitos temem e repudiam. Mas, às vezes, é a última alternativa a uma explosão da inflação – de novo: vivemos, sim, estes tempos.

http://porque.com.br/auditoria-da-divida-publica-por-que-insistem-com-esse-papo/

Ainda que dolorosa, da austeridade vem a chance de repensar o papel do estado, cortar programas ineficientes, que não valem o quanto custam, e colher jabuticabas azedas. E os altos salários de muitas das carreiras do funcionalismo público são jabuticabas das azedíssimas.

Dois porquês explicam:

Primeiro, pelo custo direto, a sociedade brasileira não é rica o suficiente para pagar, por exemplo, salários de juízes mais altos que os da Alemanha.

Segundo, e mais importante, por aquilo que os economistas chamam de distorção alocativa.

O alto salário em algumas carreiras do funcionalismo público atraem jovens ambiciosos e competentes. O problema: quando os salários são altos demais, atraem jovens competentes demais para a função.

Por exemplo, o Brasil está melhor servido quando um doutor em engenharia nuclear do MIT (cujo curso foi pago por todos nós) passa em um concurso para auditor fiscal? É uma boa troca?

http://porque.com.br/brasil-das-jabuticabas-pensoes/

Do ponto de vista do engenheiro nuclear, a escolha é racional.

Um auditor fiscal, provavelmente, ganha mais que um engenheiro nuclear – ainda que o trabalho de auditor fiscal possa ser considerado mais “fácil” sob o aspecto das exigências intelectuais.

Mas, do ponto de vista da sociedade, estamos perdendo o investimento em formar um engenheiro nuclear (é chute, mais a coisa deve estar na base de um milhão de reais).

O Brasil, parece razoável imaginar, estaria melhor servido se a Receita Federal pagasse um pouco menos para essa função, por exemplo. Poderia, ainda assim, contratar jovens com sólido conhecimento sobre contabilidade, economia e leis. E nossos engenheiros nucleares? Bem, trabalhariam onde seus conhecimentos – custeados via seu pagamento de impostos, que custeia bolsas de estudo do governo – seriam mais bem aproveitados.

 

 

É hora de austeridade? Por que não começar pelos juízes, por exemplo?

  Em tempos de vacas magras, é comum que governos tenham de enfrentar o dilema de equilibrar as contas públicas para evitar um crescimento acelerado da dívida pública – no Brasil, vivemos estes tempos. É a chamada austeridade, que muitos temem e repudiam. Mas, às vezes, é a última alternativa a uma explosão da inflação – de novo: vivemos, sim, estes tempos. http://porque.com.br/auditoria-da-divida-publica-por-que-insistem-com-esse-papo/ Ainda que dolorosa, da austeridade vem a chance de repensar o papel do estado, cortar programas ineficientes, que não valem o quanto custam, e colher jabuticabas azedas. E os altos salários de muitas das carreiras do funcionalismo público são jabuticabas das azedíssimas. Dois porquês explicam: Primeiro, pelo custo direto, a sociedade brasileira não é rica o suficiente para pagar, por exemplo, salários de juízes mais altos que os da Alemanha. Segundo, e mais importante, por aquilo que os economistas chamam de distorção alocativa. O alto salário em algumas carreiras do funcionalismo público atraem jovens ambiciosos e competentes. O problema: quando os salários são altos demais, atraem jovens competentes demais para a função. Por exemplo, o Brasil está melhor servido quando um doutor em engenharia nuclear do MIT (cujo curso foi pago por todos nós) passa em um concurso para auditor fiscal? É uma boa troca? http://porque.com.br/brasil-das-jabuticabas-pensoes/ Do ponto de vista do engenheiro nuclear, a escolha é racional. Um auditor fiscal, provavelmente, ganha mais que um engenheiro nuclear – ainda que o trabalho de auditor fiscal possa ser considerado mais “fácil” sob o aspecto das exigências intelectuais. Mas, do ponto de vista da sociedade, estamos perdendo o investimento em formar um engenheiro nuclear (é chute, mais a coisa deve estar na base de um milhão de reais). O Brasil, parece razoável imaginar, estaria melhor servido se a Receita Federal pagasse um pouco menos para essa função, por exemplo. Poderia, ainda assim, contratar jovens com sólido conhecimento sobre contabilidade, economia e leis. E nossos engenheiros nucleares? Bem, trabalhariam onde seus conhecimentos – custeados via seu pagamento de impostos, que custeia bolsas de estudo do governo – seriam mais bem aproveitados.    
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