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Problema dos impostos

Quando o governo aumenta os impostos, a renda do contribuinte disponível para o consumo cai automaticamente. Mas, se aplicada corretamente, a elevação desses impostos traz mais policiais às ruas ou novas escola públicas ou mais hospitais públicos. Então o que sai do bolso da sociedade termina voltando para ela em forma de serviços públicos (claro, sob a hipótese de não ocorrerem desvios desse dinheiro arrecadado).

Colocando de outra forma: com o imposto, o consumo de bens privados cai, mas o consumo de bens públicos aumenta. Esse é o trade-off (troca que considera custos e benefícios) básico aqui. Algumas sociedades, como boa parte da Europa, optam por muitos impostos e muitos bens públicos. Outras, como a Inglaterra e os Estados Unidos, preferem menos impostos e menos bens públicos.

Mas não é apenas isso. Os impostos não apenas mexem na alocação entre bens públicos e privados, mas também reduzem o tamanho total do bolo. Ou, no linguajar dos economistas, geram ineficiências.

O motivo dessas ineficiências: agentes econômicos não ficam passivos diante dos impostos. Alguns exemplos em bom português? Veja três deles, bem claros:

1) Quando o imposto sobre máquinas e equipamentos sobe, o empresário reduz investimentos e a produção futura é prejudicada;


2) Quando o governo eleva o imposto sobre a renda do trabalhador, quem puder tende a trabalhar menos horas e a produção total sofre impactos negativos;


3) Quando o governo taxar muito o lucro das empresas ou o retorno de investimentos, os donos do capital simplesmente mandam a maior parcela dos recursos para o exterior, reduzindo o investimento no país.


Resumindo, impostos ou aumentam custos de produção ou reduzem o ganho líquido de quem compra. Ou os dois! Dessa maneira, a produção e a compra de bens e serviços privados são reduzidas.

Então não deveriam existir impostos? Nada disso. Precisamos de impostos para bancar polícia, parques, pesquisas científicas e mecanismos indiretos e diretos de transferência de renda, como escolas públicas e programas no estilo Bolsa Família. No entanto, mesmo que os impostos sejam importantes, é não menos essencial todos sabermos que eles geram distorções econômicas como as listadas neste cartão.

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